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Abordagem ao estado de mal convulsivo em idade pediátrica

Carvalho, JN; Martins, M; Pereira, C; et al. Abordagem ao estado de mal convulsivo em idade pediátrica. SINAPSE. 2020 Vol.20 Nº3 (Julho-Setembro). https://doi.org/10.46531/ sinapse/AR/200014/2020

Resumo

O estado de mal epiléptico é uma emergência neurológica com consequências potencialmente graves, sobretudo quando não tratado de forma adequada e atem- pada. Constituiu-se, no âmbito da Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, um grupo de trabalho para elaborar recomendações actualizadas para a abordagem diagnóstica e terapêutica no serviço de urgência ao estado de mal convulsivo em crianças e adolescentes. Nestas recomendações não foram incluídos o estado de mal convulsivo refractário e o estado de mal convulsivo no período neonatal.

O tratamento deve ser estratificado, consoante o tempo desde o início do estado de mal convulsivo, nas seguintes fases: estabilização inicial (0-5 minutos após início da crise), primeira linha (5-20 minutos; pré-hospitalar e/ou hospitalar), segunda linha (20-40 minutos) e terceira linha (estado de mal refractário). Para tratamento de pri- meira linha, as benzodiazepinas são recomendadas: em contexto pré-hospitalar, mi- dazolam intrabucal ou intranasal são as opções preferenciais, com diazepam rectal e midazolam intramuscular como alternativas; em contexto hospitalar, midazolam ou diazepam por via endovenosa. O levetiracetam foi considerado a opção preferen- cial no estado de mal convulsivo resistente às benzodiazepinas, sendo a fenitoína, o valproato e o fenobarbital opções alternativas, a escolher em casos particulares, consoante as especificidades do doente em questão. O tratamento da doença de base tem importantes implicações prognósticas, devendo utilizar-se terapêutica an- timicrobiana, imunomoduladora ou suplementos metabólicos caso a clínica sugira uma etiologia potencialmente responsiva.

Com este documento, propomos um novo protocolo de abordagem ao estado de mal convulsivo em idade pediátrica para aplicação no serviço de urgência, actuali- zando aspectos relativos à avaliação diagnóstica e estratégia terapêutica.

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