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Pesquisa
A Educação da Criança: implicações na aprendizagem
Local: Sala de Conferências - Hospital de Dona Estefânia
Dia: 16 de Abril de 2012
Organização: Centro de Desenvolvimento da Criança
Temática: Estas jornadas abordam temas que se interpenetram, designadamente, os estilos de parentalidade, linguagem e multiculturalidade, comportamento, rotinas, sono e a transição para a escola. Porque todos nós, profissionais e pais, procuramos fazer mais e melhor.
Resumo: O tema destas jornadas – “A educação da Criança: implicações na aprendizagem” – contém em si mesmo uma ideia da vocação primeira da Escola, ou seja, o ensino face à priorização da educação. O constante emprego das designações de educação e ensino, bem como a designação do ministério que tutela o ensino, como Ministério da Educação e Ciência, faz muitos pensarem que ensino e educação são uma e a mesma coisa. Tal não é verdade e facilmente verificável se pensarmos que muitos podem educar, mesmo não possuindo grande capacidade para ensinar, como é o caso de famílias que, apesar de um baixo índice de literacia, são organizadas e têm valores e regras bem alicerçadas no seu seio. Por outro lado, os docentes possuidores de competências e conhecimento que lhe permitem ensinar, podem não educar, não porque não saibam, mas porque a sua vocação prioritária é a de ensinar e motivar a criança para alcançar saberes que lhe permitirão o exercício pleno da cidadania e, mediante este, alterar e mudar para melhor a condução do seu percurso como seres humanos e a da sociedade em que se inserem. Os pediatras, docentes, educadores e, de uma forma geral, todos os profissionais ligados à infância, defrontam-se cada vez mais com o espartilhamento da parentalidade, fruto de alterações sociais e laborais profundas, manifestamente progressivamente desumanizadas pelo Estado, ele próprio comprometido com a sua lógica de empregador e defensor dos direitos de outros empregadores, interesses económicos dominantes e sociedade. Este facto que condiciona o afastamento precoce entre pais e filhos, que se separam de manhã para se reunirem, na melhor das hipóteses, ao fim da tarde, período em que para além de teoricamente poderem realizar inúmeras tarefas em conjunto, acumulam essa função com inúmeras tarefas inerentes ao dia a dia das famílias. Estas foram assim forçadas a uma alternativa, digna, auto apaziguadora e moralmente confortante de, ao fecharem a porta da sua casa vazia, encontrar uma instituição que se encarregue de guardar os seus filhos. É assim que a escola vem progressivamente assumindo, por imposição, de forma artificialista e em nome de uma sociedade desenvolvida, a parentalidade ausente. A multiplicidade de designações como “infantário”, “creche”,” jardim-de-infância” ou “pré-primária” exemplifica a necessidade que presentemente os pais têm de dar a guarda dos seus filhos a múltiplas instituições, enquanto exercem as suas atividades profissionais. E como a simples guarda de crianças aparentemente não ganha, por si só, estatuto relevante, pede-se-lhes que as eduquem e sempre que possível as ensinem. Como se o ensino não fosse a vocação prioritária da escola e a dos pais a da educação, numa perspetiva de transmissão de saberes e valores respetivos às sucessivas infâncias, propícia à descoberta e aprendizagem. Mas se a parentalidade e a escola se cruzam diariamente nas suas responsabilidades e competências, procurando a segunda suprir e complementar as necessidades da primeira visando o bem-estar e desenvolvimento harmonioso da criança, toda esta dinâmica e relação está alterada em famílias com uma criança diferente. Quando tal se verifica, a escola assume uma importância fulcral no apoio à criança e família, mas necessita ela própria de recursos humanos e materiais indispensáveis ao desempenho de tal função acrescidamente difícil. Saúde e segurança Social são os outros pilares complementares para o cuidar destas famílias e crianças, constituindo uma rede de suporte social que se pretende firme, consistente e coesa. Daí estas jornadas discutirem temas que se interpenetram, designadamente, os estilos de parentalidade, linguagem e multiculturalidade, comportamento, rotinas, sono e a transição para a escola.
Programa:
Secretariado: Secretariado Centro de Desenvolvimento - Telefone 213596535
Outras Informações Valor da inscrição: 40 €
Temática: Estas jornadas abordam temas que se interpenetram, designadamente, os estilos de parentalidade, linguagem e multiculturalidade, comportamento, rotinas, sono e a transição para a escola. Porque todos nós, profissionais e pais, procuramos fazer mais e melhor.
Resumo: O tema destas jornadas – “A educação da Criança: implicações na aprendizagem” – contém em si mesmo uma ideia da vocação primeira da Escola, ou seja, o ensino face à priorização da educação. O constante emprego das designações de educação e ensino, bem como a designação do ministério que tutela o ensino, como Ministério da Educação e Ciência, faz muitos pensarem que ensino e educação são uma e a mesma coisa. Tal não é verdade e facilmente verificável se pensarmos que muitos podem educar, mesmo não possuindo grande capacidade para ensinar, como é o caso de famílias que, apesar de um baixo índice de literacia, são organizadas e têm valores e regras bem alicerçadas no seu seio. Por outro lado, os docentes possuidores de competências e conhecimento que lhe permitem ensinar, podem não educar, não porque não saibam, mas porque a sua vocação prioritária é a de ensinar e motivar a criança para alcançar saberes que lhe permitirão o exercício pleno da cidadania e, mediante este, alterar e mudar para melhor a condução do seu percurso como seres humanos e a da sociedade em que se inserem. Os pediatras, docentes, educadores e, de uma forma geral, todos os profissionais ligados à infância, defrontam-se cada vez mais com o espartilhamento da parentalidade, fruto de alterações sociais e laborais profundas, manifestamente progressivamente desumanizadas pelo Estado, ele próprio comprometido com a sua lógica de empregador e defensor dos direitos de outros empregadores, interesses económicos dominantes e sociedade. Este facto que condiciona o afastamento precoce entre pais e filhos, que se separam de manhã para se reunirem, na melhor das hipóteses, ao fim da tarde, período em que para além de teoricamente poderem realizar inúmeras tarefas em conjunto, acumulam essa função com inúmeras tarefas inerentes ao dia a dia das famílias. Estas foram assim forçadas a uma alternativa, digna, auto apaziguadora e moralmente confortante de, ao fecharem a porta da sua casa vazia, encontrar uma instituição que se encarregue de guardar os seus filhos. É assim que a escola vem progressivamente assumindo, por imposição, de forma artificialista e em nome de uma sociedade desenvolvida, a parentalidade ausente. A multiplicidade de designações como “infantário”, “creche”,” jardim-de-infância” ou “pré-primária” exemplifica a necessidade que presentemente os pais têm de dar a guarda dos seus filhos a múltiplas instituições, enquanto exercem as suas atividades profissionais. E como a simples guarda de crianças aparentemente não ganha, por si só, estatuto relevante, pede-se-lhes que as eduquem e sempre que possível as ensinem. Como se o ensino não fosse a vocação prioritária da escola e a dos pais a da educação, numa perspetiva de transmissão de saberes e valores respetivos às sucessivas infâncias, propícia à descoberta e aprendizagem. Mas se a parentalidade e a escola se cruzam diariamente nas suas responsabilidades e competências, procurando a segunda suprir e complementar as necessidades da primeira visando o bem-estar e desenvolvimento harmonioso da criança, toda esta dinâmica e relação está alterada em famílias com uma criança diferente. Quando tal se verifica, a escola assume uma importância fulcral no apoio à criança e família, mas necessita ela própria de recursos humanos e materiais indispensáveis ao desempenho de tal função acrescidamente difícil. Saúde e segurança Social são os outros pilares complementares para o cuidar destas famílias e crianças, constituindo uma rede de suporte social que se pretende firme, consistente e coesa. Daí estas jornadas discutirem temas que se interpenetram, designadamente, os estilos de parentalidade, linguagem e multiculturalidade, comportamento, rotinas, sono e a transição para a escola.
Programa:
9h– Abertura do secretariado
9h 15m – Cerimónia de abertura das Jornadas Dr.ª Teresa Sustelo (Presidente do Conselho de Administração do CHCL, EPE) Dr. Eduardo Gomes da Silva (Director Clínico do CHCL, EPE) Dr.ª Luísa Monteiro (Directora Clínica Adjunta do CHCL, HDE) Dr. Gonçalo Cordeiro Ferreira (Director da Área de Pediatria Médica do HDE) Dr.ª Maria do Carmo Vale (Coordenadora do Centro de Desenvolvimento do HDE)
9h 15m – Conferência: “A Parentalidade” Prof. Doutora Salomé Vieira Santos – Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa
10h – “A Linguagem….” Moderador: Dr.ª Isabel Santos – HDE, CHCL - O desenvolvimento da linguagem e o seu impacto na aprendizagem – Dr.ª Tânia Lavra e Dr.ª Isabel Santos – HDE, CHCL - As competências meta-fonológicas no período pré-escolar – Doutora Tânia Fernandes – Laboratório de Fala – FPCE - UP - A Educação Plurilingue – Doutora Dulce Pereira – FLL - ILTC
11h 30m – Intervalo
12h – “Comportamento e rotinas…” Moderador: Dr.ª Margarida Marques – HDE, CHCL - Autonomia e rotinas no Jardim de Infância – Dr.ª Manuela Matos – Ass. de Prof. da Educação de Infância - APEI - A importância do sono no desenvolvimento infantil – Dr. Filipe Silva - Pediatra - Alterações de comportamento – Dr. José Estrada – HSFX, CHCLO
13h 30m – Almoço
14h 30m – “A entrada na Escola….” Moderador: Dr.ª Maria do Carmo Vale – HDE, CHCL - Orientações curriculares do Pré-escolar – Dr.ª Paula Aguiar - Agrupamento de Escolas Lapiás - Montelavar - Rastreio de saúde aos 6 anos - Dr.ª Inês Madureira – HDE, CHCL - Processos de transição e importância do papel dos pais na adaptação – Prof. Doutora Júlia Serpa Pimentel - ISPA
17h – Conclusão das Jornadas
Comunic. Livres: Não
9h 15m – Cerimónia de abertura das Jornadas Dr.ª Teresa Sustelo (Presidente do Conselho de Administração do CHCL, EPE) Dr. Eduardo Gomes da Silva (Director Clínico do CHCL, EPE) Dr.ª Luísa Monteiro (Directora Clínica Adjunta do CHCL, HDE) Dr. Gonçalo Cordeiro Ferreira (Director da Área de Pediatria Médica do HDE) Dr.ª Maria do Carmo Vale (Coordenadora do Centro de Desenvolvimento do HDE)
9h 15m – Conferência: “A Parentalidade” Prof. Doutora Salomé Vieira Santos – Faculdade de Psicologia, Universidade de Lisboa
10h – “A Linguagem….” Moderador: Dr.ª Isabel Santos – HDE, CHCL - O desenvolvimento da linguagem e o seu impacto na aprendizagem – Dr.ª Tânia Lavra e Dr.ª Isabel Santos – HDE, CHCL - As competências meta-fonológicas no período pré-escolar – Doutora Tânia Fernandes – Laboratório de Fala – FPCE - UP - A Educação Plurilingue – Doutora Dulce Pereira – FLL - ILTC
11h 30m – Intervalo
12h – “Comportamento e rotinas…” Moderador: Dr.ª Margarida Marques – HDE, CHCL - Autonomia e rotinas no Jardim de Infância – Dr.ª Manuela Matos – Ass. de Prof. da Educação de Infância - APEI - A importância do sono no desenvolvimento infantil – Dr. Filipe Silva - Pediatra - Alterações de comportamento – Dr. José Estrada – HSFX, CHCLO
13h 30m – Almoço
14h 30m – “A entrada na Escola….” Moderador: Dr.ª Maria do Carmo Vale – HDE, CHCL - Orientações curriculares do Pré-escolar – Dr.ª Paula Aguiar - Agrupamento de Escolas Lapiás - Montelavar - Rastreio de saúde aos 6 anos - Dr.ª Inês Madureira – HDE, CHCL - Processos de transição e importância do papel dos pais na adaptação – Prof. Doutora Júlia Serpa Pimentel - ISPA
17h – Conclusão das Jornadas
Comunic. Livres: Não
Secretariado: Secretariado Centro de Desenvolvimento - Telefone 213596535
Outras Informações Valor da inscrição: 40 €
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